8/02/2009

Lançamento Tutorial


Uma das grandes, digamos, “estranhezas” da internet brasileira é o fato de que quase que diariamente surgem uma infinidade de novos portais, sites, blogs, fotoblogs e até perfis do Orkut sobre artesanato, sendo alguns bastante especializados em suas respectivas técnicas e materiais. Assim, como temos também uma infinidade de artistas e artesãos que a cada dia se profissionalizam mais e estão aí mostrando o seu melhor e abrindo seus espaços pessoais. Alguns, claro, com maior êxito que outros. O que é realmente tudo muito bom.
Mas por outro lado também existe uma indesculpável carência de informações práticas em geral, e o que dirá de tutoriais, ou passo a passo como alguns preferem chamar, em português. O que vamos convir, ia facilitar muito a vida de todos, em especial dos iniciantes, que, em geral, pouca referência possui sobre os assuntos que lhe despertam interesse.

Panorama este nosso que contrasta vergonhosamente com o perfil do internauta/artista/artesão norte americano, por exemplo. Criadores de inumeráveis técnicas (muitas das quais copiamos e esquecemos de mencionar isto...), produzem livros, revistas e sim, tutoriais gratuitos, visando não apenas divulgar sua Arte, mas dividir para auxiliar ao próximo. Em outras palavras, senso de responsabilidade social.
“Eles não tem uma lei do Gérson como ícone pop como nós, Darling...", como diria a sempre antenada Dháris. Vai ver esta é mesmo uma das razões que diferimos tanto.

Aí me pergunto: Porque as pessoas mostram (nem todas, é bom frisar) de boa vontade e cheias de vaidade suas criações na internet - indiscutivelmente o melhor suporte para divulgação pessoal a baixo custo que existe - mas relutam em se tratando de mostrar como produziram suas peças? De que maneira se chegou àquele resultado? Quanta dúvida teve e onde conseguiu apoio para desfazê-las?
Reserva de mercado dizem uns (que se for assim tão inexpressivo, este nem existe e consequentemente nem há pelo o que disputar); “Não divido aquilo que tive tanto trabalho e gasto em aprender”, dizem outros muitos. Revelando que existe sim um sentimento de indisfarçável patrimonialismo na cabeça do brasileiro. Mesmo que inconfessado e jamais assumido.
Patrimonialismo de sempre pensarmos de que aquilo que sabemos nos pertence, o que é uma inverdade já que o saber é um direito universal e se não divido morre, inevitavelmente, comigo. Sendo esta a mostra de uma mesquinha pequenez que em nada combina com nosso ethos de povo cordial e afável que gostamos de acreditar que realmente somos.

Bom, nem vou perder tempo escrevendo uma dissertação acerca da “camaradagem imaginária brasileira e suas burras tentativas de levar vantagem em tudo” e sim partir para a prática. Assim, ofereço gratuitamente a todos este tutorial publicado em meu site de uma técnica que denomino “folheado”.
Não é um projeto exatamente simples, pois exige atenção pela quantidade de “dobras” a serem feitas, mas nem por isto tão complicado e que leva a criação de um agradável efeito visual de flor estilizada que pode ser trabalhada e aplicada às grandes ou pequenas extensões sem provocar uma cansativa confusão visual.
E para quem se interessar, e aproveitando para vender meu peixe, comunico que estas e outras técnicas você pode aprender agendando seu workshop na Loja Traços&Cores
Avenida Venâncio Aires, 987 - Porto Alegre
0 XX 51 3335-2735

Espero que todos aproveitem e lembrem-se que o projeto pode ser copiado, reproduzido e distribuido sem problemas, desde que não seja para fins comerciais. Também não esqueça nunca de mencionar o autor e a fonte por uma questão de honestidade autoral e porque é lei. ok?

Divirta-se e me mande seus resultados. Prometo publicar aqui.

Até a próxima