12/14/2006

FelizNatal e Próspero Ano Novo


Neste final de ano, festeje o prazer de cada conquista e o aprendizado de cada derrota. Festeje por estar aqui, a Esperança o Amor. Festeje a Vida. E lembre-se que sempre estaremos juntos, para festejar isto tudo com você.

O atelier de modelagem Chameleon - Fimo Design, deseja que em 2007 possamos encontrar a todos novamente - fornecedores,colaboradores, clientes e amigos - com seus planos e expectativas renovadas.
Pois toda realidade tem como matéria-prima os sonhos.

Aproveite e confira o cartão animado que criei especialmente para você.
www.chameleondesigner.com/feliznatal.htm

É necessário ter flash instalado para visualizar a animação.

10/13/2006

Luminárias em FIMO

Mesmo que já venha produzindo a tanto tempo luminárias, que são parte destacada em minha produção primordialmentedirigida à objetos de decoração, para mim é sempre uma possibilidade de (re)descobrir meu trabalho e limites em cada peça nova que produzo.

A imagem que abre este post é a reprodução de uma série de luminárias encomendadas por uma senhora paulistana, Cristina Moritz Rebelo, que procurava luminárias diferenciadas do que comumente se encontra no mercado para decorar o ambiente de sua sacada fechada. Após rápida troca de mensagens via internet, e a partir de imagens do local que pretendia decorar foi definida a quantidade, tamanho, cores e o padrão que seria aplicado às peças em questão.
Apesar de considerar que trabalhar em série com um mesmo padrão sempre é muito cansativo, justamente por não poder me permitir "brincar" com a diversidade na criação, confesso que o resultado do trabalho acabou muito me agradando e até mesmo me surpreendendo.

Trabalho pronto e remetido, resta agradecer a preferência e desejar a minha cliente que as luminárias iluminem não apenas o ambiente onde foram distribuidas, mas também sua vida.
Abaixo coloquei imagens do "antes" e "depois" de parte do ambiente onde foram colocadas as luminárias para demonstrar a diferença qualitativa que ocorreu na decoração. Clique sobre as imagens caso deseje poder visualiza-las um pouco maiores.

9/03/2006

Chameleon - Fimo design na midia

É inegável e indiscutível o poder e a influência da midia na formação de opiniões e disseminação de informações.
Recentemente estive envolvido na produção de uma matéria a respeito de meu trabalho e de um passo a passo para serem publicados em um conhecido e respeitado jornal do RS em seu caderno semanal de decorações.
(Casa&Cia 15/08/2006 - ZERO HORA).
Experiência inédita, já que jamais tive a pretensão de ensinar o que aprendi sozinho um dia, o que dirá publicar um projeto no estilo "faça você mesmo". Mesmo assim resolvi encarar este como um desafio a mais a ser superado.

Após ver a matéria publicada apenas posso me dizer muito satisfeito com a natural, ainda que em certa medida inesperada, repercussão que provocou. Repercussão esta que, se não se traduziu em termos de retorno financeiro imediato, ocorreu com certeza em relação ao retorno em número de visitantes em meu site interessados em conhecer melhor não apenas a meu trabalho pessoal (que até então muitos desconheciam, mesmo aqui no Sul) como também ao material, as técnicas que são empregadas e suas possiveis aplicações.

De tudo, permanece a serena convicção de ter de ter cumprido o compromisso com a seriedade que mereceu. Bem como ter feito jus à confiança em mim e em meu trabalho depositados pelo editor chefe do caderno Casa&Cia ao me convidar para a produção da matéria.

E é isto, no final, o que realmente importa.

Divido neste post com todos a imagem da reportagem em questão.

8/14/2006

Ensinar é uma arte

Com frequência recebo emails perguntando quando estarei disponibilizando CD's, DVD"s ou mesmo apostilas ensinando
as técnicas que tanto utilizo em minha produção pessoal. Sendo algumas de minha própria criação.
Apesar de acreditar que nada supera o valor do contato "olho no olho" em uma relação professor/aluno, a cobrança neste sentido tem sido tanta que iniciei o esboço para a criação de material que considero relevante para um bom aprendizado. Tendo o cuidado de procurar fazer com o profissionalismo e escrúpulo, tal qual o faço com minhas peças e oficinas, antes de vir a comercializar algo.

Dia destes uma aluna me mostrou uma destas apostilas que havia comprado em um site, dito, "especializado" da web. Bom preço, lhe pareceu uma pechincha que não havia como ignorar. Confesso que me envergonhei com a visível falta de experiência e conhecimento de quem havia produzido e estava comercializando aquele tipo de material sabe-se lá (mal)copiado de onde. Até pensei, com meus inúmeros botões: "O capitalismo selvagem por vezes parece ultrapassar seus próprios limites, deixando de ser apenas selvagem para tornar-se inconsequente".

Por experiência própria posso afirmar que somente com muito exercício e prática que conseguimos adquirir o necessário e imprescindível domínio técnico que nos qualifique. Conhecer algumas técnicas é fácil, mas dominá-las com segurança é algo que vem apenas com tempo, muita dedicação e esforço. Lamentavelmente, o fato do material estar "na moda" aliado ao fácil acesso à informação criam, associado a falta de controle de conteúdo, condições para o não raro surgimento de pessoas com o perfil oportunista e irresponsável que visam apenas ao lucro imediatista.

Concluindo. Não sou contra apostilas, Cd's ou Dvd's, eu mesmo aprendi muito do que sei através de livros que
importei durante muito tempo. Mas a comprovada experiência, refletida em uma detectável produção qualitativa e quantitativa assim como a credibilidade do fornecedor, em outras palavras, o curriculum de quem está se propondo a ensinar algo, é aspecto essencial que não deve ser ignorado sob o risco de se entrar numa fria.

8/06/2006

O grito do palhaço

O figurativo foi desde sempre reincidente em meu trabalho, em se tratando de pesquisa com cerâmica tradicional. Aliás, esta figura que postei hoje é parte de uma grande série que desenvolvi e resultou em uma exposição que fiz a muitos anos atrás aqui em Porto Alegre. A qual acabou sendo bastante criticada por alguns "especialistas" em artes.
Lembro de que na época já tinha bastante consciência e até me sentia, em certa medida, um pouco culpado pelo fato de que meu trabalho tendia a valorizar bastante o aspecto estético da criação. Me sentia culpado em razão de que justamente esta característica, para alguns (pretensos)entendidos, tornava minha produção algo apenas "decorativo" e de valor estritamente comercial. Portanto, longe de ser verdadeira Arte.

Contudo, sempre me perguntava do por que não deveria a arte agradar ao olhar ou deveria fugir do mercado? Teria que a Arte, para ter valor, ser reduzida a um frívolo e primário discurso, não raro, tão repetitivo e ultrapassado como vemos em algumas ditas obras de vanguarda contemporânea que existem por aí?
Discurso este que prega o desprezo ao mercado e ao aspecto estético da obra buscando apoiar-se no material puro e simples convertido em um fim em si mesmo. O que propicia, convenhamos, um sem fim de mediocridades travestidas de Arte. O mais curioso é ver que este psudo "fazer verdadeira arte" sobreviveu sempre, justamente, de verbas oficiais advindas de participações em bienais, festivais, salões e assemelhados. E mesmo assim sofre com o natural desgaste resultante do desinteresse de grande parte dos vistantes. Leigos ignorantes, diriam os sempre "especialistas", do alto de seus saberes.
Mas vamos convir, o mercado somente não interessa àqueles cujas obras jamais conseguiriam alcançar nenhum valor em razão de sua absoluta falta de conteúdo, mesmo estético. E a forma somente não tem valor para àqueles que não sabem manipula-la.

Hoje trabalho visando agradar o olhar e ao mercado, sem culpas. Deixo a imaginação e o prazer fluirem pois Arte também é fantasia, é deleite dos sentidos. E não apenas teorias que somente levaram a uma profunda e irreversível crise de esvaziamento do sonho. Sonho que, no mais das vezes, é a matéria prima para se reiventar a realidade e a Arte.

Quanto aos ditos "especialistas" e seus discursos só me resta lembrar o que alguém escreveu:
"Para filosofia barata, não adianta inseticida". ;-)

7/29/2006

FIMO - verdades e fantasias


Com frequência recebo emails com questionamentos acerca dos perigos e cuidados que se deve ter ou não com a manipulação e uso do Polymer Clay/cerâmica plástica/massa FIMO. Há quem diga que se trata de um produto atóxico que pode ser utilizado por pessoas de todas as idades sem maiores riscos à saúde. O que é verdade, mas apenas em parte.

Segundo Monica Resta , uma das mais conhecidas artistas de modelagem com o material no mundo, com mais de 40 anos de experiência, existem dois fatores de risco que não podem ser em absoluto ignorados:
Primeiro se refere a queima. Este é um produto - independente da fórmula adotada pelos diversos fabricantes que existem - essencialmente composto por PVC. Portanto com a combustão produz gás tóxico. É bom ressaltar que o gás só é liberado durante a queima(aumentando o risco quando a temperatura ultrapassa os limites indicados por cada fabricante). Sendo este um dado mais ou menos conhecidos por todos que manipulam com certa regularidade o material.

Segundo temos o risco em razão do plastificante existente em todas as marcas, e que não poucos ignoram. Até os anos 80 foi muito utilizado, pelos diversos fabricantes, o plastificante de nome DOP((diotylphtalato)que concluiu-se ser potencialmente cancerígeno. Mas na realidade seu maior problema era o de que, comprovadamente, podia interferir no crescimento e na formação de bebês e crianças. Naturalmente, os fabricantes imediatamente tomaram a precaução de trocar este por outro material com menor risco de toxicidade.

Mas permaneceu um problema, ainda hoje insolúvel. O plastificante, mesmo após a queima, continua, em parte, a existir "livre". Isto é, quando há a queima pequenas porções de plastificante não reagem com o restante do composto. Portanto, objetos onde é aplicado o material e que eventualmente teriam contato com alimentos e liquidos(talheres, copos e pratos)devem sempre ser evitados para o uso que não seja apenas decorativo!!!

Atualmente existe a fabricação de material especificamente dirigido à crianças e para cobrir objetos utilizados para alimentação em geral. Sendo este produzidos com plastificante "comestível"(o que vem mencionado pelo fabricante na embalagem). Mas devemos lembrar que mesmo este produz gases tóxicos durante a queima.

Os produtores europeus e Norte americanos de massa polímera, consideram, via de regra, que o produto é exclusivamente artistico e dirigido apenas para o manuseio de adultos. Não sendo indicado a crianças com menos de 8 anos(pois o plastificante ainda que não seja tóxico não é indicado para crianças).
Os adultos, se não forem incapazes, seguindo as instruções corretas, e tendo a atenção de não comer ou beber durante o manuseio, assim como não deixar queimar além do ponto o material, não correm maiores riscos.
Assim, o mais aconselhável é estar sempre atento e prudente e não somente com este material mas também com as tintas, vernizes e tantos outros produtos de uso corriqueiro no universo da Arte.

Até a próxima

7/25/2006

Fimo "tipo exportação"

O post de hoje é referente a loja Fatto a Mano, localizada em Padova(Italia). Inaugurada em meados de maio deste ano pela italo-gaúcha Luciane Arboitte, oferece peças artesanais de grande qualidade produzidas, na maior parte, por artistas brasileiros.
Não sendo esta nem a primeira e, espero, nem a última cliente no exterior. E apesar de estar já acostumado a trabalhar com peças produzidas sob encomenda bem como exportar o material que crio, esta cliente é especial para mim pelo fato de que a idéia do Logotipo escolhido para identificar a loja partiu de uma mandala criada especialmente para sua proprietária.
Agradou tanto o resultado que acabou tornando-se seu símbolo estampado nos cartões de visita, material publicitário, no toldo frontal e, é claro, tendo destaque dentro da loja.
Se estiver de viagem pela Italia, ao passar por Padova visite a loja e tome um cafezinho com sua simpática proprietária. Ela terá imenso prazer em lhe receber. Anote o endereço:
Contrà Rialto, 31 - Camposampiero(PD)
fone/fax - 049 9301954

Aproveito para dividir com todos estas imagens a mim remetidas por Luciane da mandala em questão e do dia da inauguração, momentos antes de sua abertura oficial. À Luciane desejo todo, merecido, sucesso!!!!

Até a próxima

7/20/2006

porta jóias "oriente"


Passei uns dias, involuntariamente, sem postar em razão de inúmeros compromissos. Entre eles a produção do passo a passo de uma luminária de vidro coberta com cerâmica plástica e que será publicado em um jornal de grande circulação aqui no Sul. Mas isto é assunto para outro post.
Neste quero é apresentar uma peça que estava trabalhando até a semana passada e que tem a clara influência da cultura hindu. O objetivo inicial não era o de criar algo com a cara de "mil e uma noites", já que o tema era livre. Mas quando percebi, este modelo já se dirigia neste sentido. Coisas de caminhos e descaminhos da arte.
Se alguém achar que parece ser um desafio à paciência fazer uma peça destas, cheia de filigranas produzidos em diversas técnicas, imagine fazer 3 idênticas entre si. Trata-se de uma encomenda em que o principal requisito era a de serem 3 porta jóias iguais. Mesmo tendo liberdade temática confesso que tive momentos de quase desistência quando vi que o conjunto estava cada vez mais complexo e dificil de montar. Mas como sou bom em aceitar desafios(em especial os próprios)segui adiante para ver no que daria. O resultado é este. :-)

até a próxima

7/12/2006

Referências


Dificl poder falar de uma única referência ou fonte de inspiração que mova meu trabalho.
Basicamente, antes de iniciar uma nova peça, por exemplo um vaso, fico algum tempo observando suas formas e tentando "ouvir" o que ele tem para me dizer. Sei que isso parece estranho mas o que acontece é como que um diálogo sem palavras ancorado no trinômio intuição/imaginação/sentimento.

Resulta deste momento de meditação realmente ver em minha mente os diversos desenhos e cores que devem desta ou daquela forma serem produzidos e aplicados de modo a chegar a este ou aquele resultado. O que, é claro, um certo prévio conhecimento das inúmeras e variadas técnicas aplicáveis ao material auxilia muito.
Amiúde, nem sempre me ocorre de visualizar o modelo completo e sim apenas algumas partes do mesmo. No entanto, na medida em que vou desenvolvendo a peça, os demais grafismos e cores surgem de forma a completar um quebra cabeças cuja origem, obviamente, não está fora de mim, mas em minha mente inconsciente apenas esperando uma chance de aflorar.

Para "alimentar" a mente com referências visuais busco, com frequência, coletar imagens nos mais diversos meios: TV, cinema, revistas, livros, Internet, fotografias que faço com minha máquina digital. E, na medida do possivel, mantenho inúmeros cadernos onde as organizo de forma a facilitar uma rápida consulta.

Atualmente, por exemplo, estou trabalhando tendo como forte referência à cultura hindu(em breve pretendo publicar aqui os primeiros resultados), mas não raro bebo em fontes célticas, africanas e andinas, ou mesmo em obras de pintores e escultores nacionais e estrangeiros. Minha única preocupação é de não delimitar "fases" ou períodos em minha produção. Apenas deixo fluir a voz interior.
A imagem que postei hoje é justamente uma colagem de algumas referências que utilizo amiúde em meu trabalho. Mesmo que pareça, em um primeiro momento, uma confusa "salada" visual, para mim é plena de sentidos.

Até a próxima

7/11/2006

Percepções


É curioso como os gostos estéticos, assim como o perfil cultural, parecem variar conforme a geografia dos povos. Ontem estava visitando minha página em um portal português onde são expostas peças de artesãos e artistas de países de lingua portuguesa ( Portal artesãos e me chamou a atenção o fato de que, apesar de ter uma razoável e variada galeria de peças expostas, as que atraem mais visitantes(e imagino que sejam na maioria portugueses)são os porta-joias de madeira coberta com filigranas produzidos em argila polímera(polymer clay).

Em vendas que faço para os EUA, a preferência, invariavelmente, sempre foi de pratos decorados que denomino de Mandalas e vasos. Já para a Italia e Espanha as bijuterias é que atraem mais os compradores. E no Brasil, até onde percebo, são as pequenas luminárias que agradam mais.

Fico pensando que assim como os gostos e preferências de cores e formas são variados em todo o mundo, mas sempre sob um mesmo domínio, o da Arte, bom seria que as pessoas de todo o mundo ao invês de terem rusgas em razão de territórios, poderes mesquinhos e ideologias vazias apenas tivessem divergências sobre preferências de expressões artisticas.

É, os artistas por vezes parecem viver em um universo paralelo onde os conceitos de tempo e espaço possuem outras dimensões e valores. Lugar este onde o sonho e a fantasia, são realizáveis e dominantes.
Sinceramente, não trocaria meu mundo particular por nenhum outro. Nele vejo cores, formas e volumes onde a maioria parece enxergar a tudo mas nada ver. De tudo me brotam idéias e de tudo colho um novo aprendizado.

Viver o mundo das Artes é viver um sonho acordado, como alguém outro dia me falou.

7/10/2006

Mandalas e Luminárias


Certo dia um amigo, em visita a meu atelier, comentou algo que me fez ficar pensando. Até mesmo por ser uma percepção que não havia tido antes.
Ele dizia, a respeito de meu trabalho com luminárias, vasos e caixas, que muitas vezes estes eram, na verdade, também "mandalas" . Só que ao contrário dos circulos na forma de filigranas serem aplicados em uma superfície plana estes cobriam as peças em uma outra apresentação. Mas de uma forma que é sempre recorrente em meu trabalho. O que, aliás, o fez diferenciado e se tornou uma marca pessoal.
Leitura interessante e curiosa que me faz pensar no quanto as pessoas conseguem enxergar em nossas peças e que por vezes foge à percepção até mesmo de quem cria.
Até a próxima

7/09/2006

Como surgem as Mandalas


É no emprego de camadas de cores diferentes através de cortes e dobraduras que surgem os desenhos repetidos ad infinitum com os quais construo as conhecidas imagens caledoscópicas que formam os delicados filigranas característicos deste tipo de arte.
Meu processo de trabalho pessoal para criar as peças que denomino “mandalas” parte antes dos, por vezes imprecisos, caminhos e descaminhos tomados pela subjetividade do que a partir de um projeto com critérios previamente elaborados e definidos.
Inicio, invariavelmente pelo centro, a a partir dalí procuro distribuir com formas e cores que se equilibrem e se complementem entre si produzir em diversas técnicas os círculos que envolvem outros círculos até ter a obra completa.
Mais do que um trabalho absolutamente técnico, é um exercício de meditação profunda onde a busca do equilíbrio interior se reflete na forma exterior.

7/08/2006

Como e quando fui apresentado ao material


Conheci o Polymer Clay(cerâmica plástica) e algumas técnicas à aproximadamente oito anos atrás através de dois livros e alguns blocos de massa enviados por amigos que moravam nos EUA, na época. E, já trabalhando a vinte anos com cerâmica tradicional, fiquei fascinado com as possibilidades inerentes ao material.
Seu emprego mais usual no Brasil é na forma de bijuterias. O que, acredito, limita um pouco as infinitas possibilidades que possui. Tanto que, pessoalmente, optei até por uma questão de gosto, por centralizar meu trabalho cobrindo vidros na forma de luminárias e vasos.
E, em especial, na criação de Mandalas, como as que tenho apresentado aqui, e que desde então se tornaram marca registrada de minha produção pessoal. Assim como tenho buscado desde então aperfeiçoar bem como aprender novas técnicas que levem a formas geométricas com as quais procuro criar intrincados e calidoscópios e filigranas.

E já que estamos falando de Mandalas, indicaria um site muito legal. Mandala Project Trata-se de um portal onde você pode encontrar imagens de mandalas produzidas nos mais diversos suportes por artistas de todo o mundo. Para localizar minha peça basta fazer a busca sob o título "polymer clay".

O que é FIMO


Fimo, ao contrário que muita gente pensa e até afirma não é o material em si, mas antes o nome fantasia(comercial) dado pelo fabricante alemão(Eberhard Faber)à argila de polímero - ou massa polímera ou mesmo "cerâmica plástica", como o material também é conhecido no Brasil - que emprego em meus trabalhos.

As argilas polímeras(ou sintéticas) são massas modeláveis feitas a base de PVC em associação com plastificante e corantes que quando queimadas criam um efeito porcelanizado.São várias as vantagens frente a outros materiais modeláveis(como o biscuit ou resina epóxi)tais como: Não secar durante e após a manipulação(somente após queima), ser facilmente conservada quando bem acondicionada(por vários anos se necessário), resistir ao contato com água após a queima e poder ser queimada em forno doméstico(ao contrário da cerâmica tradicional). Apresentando-se nas versões: opaco, translúcido, perolado, metalizado, imitação de pedras e fosforescentes.

A arte de modelagem com massas polímeras surge no final da década de 1930, na Alemanha quando era então largamente empregada na produção de cabeças e membros de bonecas.Mas é somente nos anos 70/80 que este material se difunde, em especial, quando descoberto por artistas plásticos norte-americanos, os quais se encarregaram de criar, aprimorar e divulgar novas técnicas.

No Brasil aparece nos anos 80, contudo devido ao seu alto custo e dificuldades em ser encontrado no mercado, sendo restrito a algumas poucas importadoras ou através de viajantes, além da bibliografia ser basicamente apenas em inglês fizeram com que sua difusão tenha se tornado bem mais lenta.
Foi a partir do ano de 2003 que vimos o lançamento de algumas revistas especializadas sobre o assunto assim como algumas demonstrações feitas em programas de TV. O que vem apenas atestar o crescente interesse que a argila polímera tem despertado nas pessoas.
Contudo, seu custo ainda elevado aliado a dificuldade do material ser encontrado fora dos grandes centros, ainda o torna um material pouco conhecido do grande público.