
Caetano Veloso
Pois então, passou um longo tempo e eu sem postar por aqui. Muita coisa aconteceu dentro e fora do ciberespaço. Estudos, pesquisas e leituras, eterno aprendizado que nunca é demais.





Elizabeth, segundo helen Garber, "(...)desde sempre apreciou coisas estranhamente belas e grotescas da vida, o que se transfere a sua obra inspirada nas relações entre o mundo natural e os detritos de nossa sociedade consumista resultando em peças intricadas, originais e cheias de encanto em uma interação melancólica entre símbolos de status e o sofrimento
próprio à natureza".
Em sua criação, Elizabeth, lança mão de materiais variados como madeiras, resinas espumas, polymer clay, tecidos, metais e tudo o mais que a auxilie a formalizar sua arte. Sua jornada no universo ds artes visuais começou ao ir estudar estilismo na Pasadena City College.
Naquela época ela tinha um objetivo bem claro, queria criar roupas e pósteres para o marido. Nesse meio tempo o diretor musical Fred Sthur conheceu seu trabalho e a convidou para criar miniaturas que seriam usadas em video clips. Daí, foi um passo para descobrir seu estilo, em uma releitura absolutamente pessoal.
Novamente deixo a palavra com Helen Garber que escreve, "(...), as tradições da união e criação de "mundos íntimos" foram historicamente uma perseguição surrealista. No entanto, o trabalho de Elizabeth tem pouca relação com o subconsciente. Filha de pais missionários que se conheceram em Singapura, a educação católica de Elizabeth certamente influencia sua estética".
O colorido presente no catolicismo nas culturas asiática e americana, sem dúvida empresta o efeito teatral a seu trabalho. Sendo esta a fundamentação teórica da artista que examinando os simbolos universais não se contenta em simplesmente reproduzi-los na forma mas antes em reinterpretá-los a sua maneira.
Nas peças mais recentes de McGrath percebe-se a influência direta de artistas como Joseph Cornell, Alexander Calder já os trabalhos mais antigos de Marcel Duchamp, em particular Étant Donnés. O trabalho de McGrath esforça-se para comunicar-se usando meios similares, contudo seus significados são totalmente diferentes.
Seleciona a inspiração da cultura contemporânea assim como em seu catolicismo, já mencionado, a cultura asiática, a cultura de rua, a cultura do México, dos gibis, dos parques temáticos, e de outras influências.
Digere tudo e cria seus próprios ambientes em que pode encenar dramas e criar as encenações que surgem a partir de suas próprias experiências e interações com o mundo exterior. Se você observar seu trabalho você poderá ver que suas criaturas são realmente auto-retratos que ajustam-se em uma paisagem fantástica que ecoa seus próprios sonhos e temores em uma leitura, por vezes, amarga contudo em doces doses, bem adequadas à vida moderna.
Para aqueles que ficaram tão intrigados quanto curiosos como eu fiquei com sua arte fica a dica para conhecer melhor sua obra. Basta acessar seu site: http://www.elizabethmcgrath.com/
Até a próxima,
Como sempre encerro este post agradecendo aos artistas a oportunidade de poder mostrar pessoas com formas de expressão diferenciadas e poder compartilhar um pouco disto com todos.
E aproveito para indicar uma visita, mesmo que virtual, a este lugar chamado Riverdog Studio